INPI debate sobre incentivo, proteção e transferência de tecnologias verdes

Publicado em 23/10/2013 – INPI:

Incentivo, proteção e transferência de tecnologias verdes em debate

 INPI debate sobre incentivo, proteção e transferência de tecnologias verdes

O WIPO Green, uma plataforma virtual de Tecnologias Verdes, e o programa Patentes Verdes do INPI foram alguns destaques do Workshop Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia no Contexto de Tecnologias Verdes. O evento, que aconteceu no dia 23 de outubro, no INPI, reuniu especialistas e pesquisadores para debater as iniciativas de estímulo à proteção e à transferência de tecnologias sustentáveis.

Criado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), em parceria com o INPI, o WIPO Green é uma plataforma que tem como principais objetivos acelerar o desenvolvimento e a disseminação de tecnologias verdes. Trata-se de um banco de dados gratuito, associado a uma rede mundial de especialistas de diferentes setores (indústrias, universidades, governos, organizações intergovernamentais e não-governamentais). Esse grupo oferecerá aconselhamento e serviços para auxiliar os inventores e pesquisadores em suas dúvidas no processo de desenvolvimento tecnológico.

A diretora de Cooperação para o Desenvolvimento do INPI, Denise Gregory, que participou da cerimônia de abertura do workshop, ressaltou que a parceria do INPI com a OMPI para a criação do WIPO Green é uma entre diversas iniciativas do Instituto que visam a estimular o desenvolvimento e o licenciamento de tecnologias verdes.

 

Patentes Verdes

Outra iniciativa em prol de tecnologias sustentáveis apresentada no workshop foi o programa Patentes Verdes, que tem como objetivo estimular a pesquisa e o desenvolvimento científico no Brasil, através da diminuição do tempo de exame de pedidos de patentes de tecnologias sustentáveis. Ele foi apresentado pela coordenadora do Grupo de Trabalho de Patentes Verdes do INPI, Patrícia Carvalho dos Reis. Criado em 2012 como um projeto-piloto, o programa está na sua segunda fase, e tanto os seus resultados quanto a sua receptividade superaram as expectativas da equipe. “A patente verde acabou virando uma espécie de selo, auxiliando a diferenciar a tecnologia desenvolvida”, disse Patrícia.

 

Transferência de tecnologia

Também participou da cerimônia de abertura do evento Konji Sebati, diretora sênior da Divisão de Desafios Globais da OMPI, que faz a interface entre PI e políticas públicas, com foco em saúde pública, mudanças climáticas e segurança alimentar. De acordo com Konji, o sistema de PI deve incentivar ainda mais as pesquisas e o desenvolvimento em tecnologias verdes. “Precisamos desenvolver caminhos melhores, mais baratos e mais verdes para o desenvolvimento. Mas também precisamos encontrar melhores maneiras de difundir e implantar as tecnologias que já existem”.

Konji também lembrou que durante muito tempo a PI foi encarada como uma barreira para a transferência de tecnologia e até mesmo um empecilho para inovação, o que acabava polarizando a discussão sobre o tema, especialmente nos Estados Unidos. De acordo com ela, essa maneira de pensar faz parte do passado.

 

Top 100 de Inovação

Em sua apresentação, Konji comentou o fato de o Brasil estar na 64ª posição do ranking dos 100 países presentes no Índice Global de Inovação 2013, produzido pela OMPI. De acordo com ela, o Brasil é um exemplo de país cujo cenário reflete o crescimento das universidades, empresas, inovação e fomento à cultura do empreendedorismo. “Em nenhum momento da história tanto investimento foi feito em pesquisas e desenvolvimento, em todo o mundo, e nunca antes a inovação foi tão bem distribuída entre os países”.

 

Quer conhecer melhor o programa Patentes Verdes? Clique aqui.

Acesse aqui a plataforma WIPO Green.

 

Fonte: http://www.inpi.gov.br/